Cena

Techno | Saiba tudo sobre um dos maiores gêneros da música eletrônica

Otávio Apovian
We Go Out

Descrição da Imagem
> Cena

Se você está começando a entrar no mundo do Techno ou já é um amante e quer aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, essa matéria foi feita pra você. O Techno é muito mais que um gênero da música eletrônica, é um estilo de vida que movimenta um mercado internacional gigantesco, e vem ganhando cada vez mais força aqui no Brasil.

Vamos contar desde a origem, equipamentos, principais DJs e produtores ao longo das últimas quatro décadas, clubs e festivais que são referência do gênero no mundo, além de mencionar a evolução do Techno no Brasil. Confira:

Origem

A origem do Techno vem dos anos 1980, diretamente da cidade de Detroit, até então um dos principais polos de desenvolvimento tecnológico dos Estados Unidos. Sede das maiores montadoras de carros, indústrias, fábricas e usinas da América na época, Detroit, ou mais especificamente o subúrbio de Belleville foi onde três garotos, Juan Atkins, Derrick May e Kevin Saunderson cresceram. Amigos de infância, estes que seriam considerados os pais do Techno, estudaram juntos na Washtenaw Community College e passaram a infância nos anos 70 e 80 cercados pelos rápidos avanços tecnológicos de sua cidade industrial e ouvindo David Bowie, Kraftwerk, Sly And The Family Stone, Funkadelic e Giorgio Moroder nas rádios. Quando ainda era garoto, Derrick May foi morar com Juan Atkins na casa de sua avó, onde passavam a maior parte do tempo ouvindo discos e discutindo as músicas – como aqueles sons eram feitos, o que os artistas pensavam enquanto faziam esses sons, tão diferentes, tão inovadores – afinal, não é o tipo de som que se reconhece vindo de um instrumento “tradicional” como um violão ou um piano.

Seguindo seu cenário referencial, os três começaram a criar suas próprias experiências sonoras, e, graças à cidade onde moravam, que valorizava e incentivava a produção industrial, o acesso a produtos novos e de tecnologia vanguardista foi muito facilitado. Instrumentos tecnológicos como as Drum Machines Roland TR-808 e TR-909 passaram a ser cada vez mais acessíveis e foram pilar essencial para que o som, à época experimental, se tornasse o Techno que conhecemos hoje em dia, e o trio tirou máximo proveito dessa tecnologia.

A fim de buscar novas experiências e inspirações, o trio que já tinha recebido a alcunha de “The Belleville Three” viajou à Chicago. Lá, foram de encontro com a House Music e sua herança da Disco Music, que foram fontes essenciais de referência para seus sons experimentais, e que quando voltaram para Detroit, foram reinterpretados e receberam características de sons industriais, mais obscuros e mecânicos, muito comuns nas fábricas e montadoras de carros da cidade.

Juan Atkins foi o primeiro dos três jovens a lançar oficialmente uma música. Ao lado de Richard 3070 Davis, outro aluno da Washtenaw Community College, os dois se apresentaram para o mundo como o duo Cybotron, e lançaram o primeiro single “Alleys of Your Mind” em 1981 pela gravadora Deep Space Records, criada pelo próprio Atkins, que recebeu a alcunha de “O Originador”. O Techno estava criado, e a partir daí, infinitas portas foram abertas, uma gama incontável de sonoridades passaram a ser criadas, novas emoções transmitidas e o mundo da música como um todo subiu mais um degrau.

Berlim – Capital Internacional do Techno

Para muitos, a nova sonoridade eletrônica e sua estética foram muito inspirados na banda alemã Kraftwerk. Após a queda do Muro de Berlim, o povo que antes estava dividido, foi reunido e uma cultura de união materializada nesse gênero da música eletrônica foi se desenvolvendo, e cada vez mais, ganhando força. Fãs de música eletrônica em festas e raves promoveram a liberdade e o hedonismo, no que evoluiu para ser um movimento incansável e que se transforma e se recicla até os dias atuais. O alívio e a liberdade após a reunificação foram celebrados com festas ininterruptas e floresceram nas fortes cenas gay, artística e underground.

Os jovens de Berlim Oriental estavam criando um som eletrônico muito mais pesado – sem vocais e graves mais distorcidos e que contavam com a presença de frequências subgraves (não ouvidas, mas sentidas). Prédios abandonados, usinas de energia, bunkers, hangares e estações subterrâneas foram transformados em clubs temporários e DJs se tornaram as estrelas da momento. O que agora é a principal reputação de Berlim, demorou muito para florescer, mas sem dúvida se frutificou numa cultura extremamente forte de união, representatividade, pluralidade e vanguardismo.

Hoje em dia, muitos dos organizadores que começaram festas ilegais após a queda do muro são donos da maioria dos locais de sucesso focados no Techno em Berlim. Eles souberam como transformar suas atividades ilegais em oportunidades de negócios. Sabendo desde cedo como satisfazer os amantes da música, eles construíram uma cena clubber onde todos podem se sentir em casa e ser quem realmente são. Esse sucesso se deu por entenderem que, desde os primeiros dias do surgimento da música eletrônica, o que os frequentadores das boates buscavam era um espaço para serem verdadeiramente livres, e se expressarem da forma que se sentissem representados.

A Love Parade foi um marco essencial para o levante da música eletrônica em Berlim, realizada pela primeira vez em Julho de 1989 em Berlim Ocidental, com apenas 150 participantes por iniciativa do importantíssimo Dr. Motte. Seu lema era ‘Friede, Freude, Eierkuchen’ – paz, alegria, panquecas – (que traduzido do alemão tem um sentido de diversão saudável) e foi crescendo ao longo dos anos para o que se tornaria um dos maiores eventos da história do Techno.

Caminhões com sistemas de som pesados ​​percorreram a ampla Straße des 17. Juni, em Berlim, eram seguidos por milhares de foliões. As pessoas viajavam para Berlim para fazer parte do evento. Muitos rebeldes se manifestavam com suas roupas selvagens exibicionistas e celebravam a igualdade dos gays no desfile.

O evento que foi essencial para que Berlim se tornasse a “Capital do Techno” mudou-se para a região do Ruhr em 2007 e foi por fim cancelado em 2010 devido uma confusão na multidão, que acarretou na morte de 21 pessoas que participavam da parada.

Dr. Motte conta:

“Quando se tratava de Love Parade, eu estava junto com uma garota americana chamada Danielle de Picciotto. Conversamos sobre como queríamos criar um evento do tipo Mardi Gras: um carnaval de rua. Meus amigos me contaram sobre festas ilegais underground em cidades inglesas como Londres, Manchester e Sheffield – sobre como alguém ligou um ghetto-blaster e começou a dançar na rua. Isso é o que Danielle e eu gostamos. Nossa solução foi fazer uma marcha de demonstração de dança e, quando aconteceu, fiquei arrepiado. Foi inicialmente um evento bastante esotérico; queríamos que a música durasse para sempre, e isso, com o poder do ecstasy – nunca senti nada parecido antes. O ecstasy era a droga da união.”

Roland TR-808

O Roland TR-808 sem dúvida foi a Drum Machine que mais revolucionou o mercado da música. Sem o TR-808, Techno, House e todos os seus subgêneros poderiam nunca ter existido, e a cultura clubber com toda certeza teria sido muito diferente do que é hoje.

O TR-808 funcionava como um sintetizador analógico, com transistores e filtros (daí o nome “TR”, que significa “Ritmo do Transistor”). Essa tecnologia era muito mais barata, mas o resultado não era um som natural – e isso foi uma falha fatal na época, já que os sons esperados e que estávamos acostumados a ouvir eram orgânicos, ou seja, de instrumentos “de verdade”, e não eletrônicos.

O instrumento lançado em 1980 se destacou dos concorrentes pelas possibilidades de criatividade e variação – permitindo ao usuário gravar uma faixa completa (verso, refrão e variações) – e, principalmente, pelo sistema de edição, que utilizava um “step sequencer”. Oferecendo uma experiência mais visual e intuitiva, logo se tornou o padrão para todos os tipos de sequenciadores.

Após três anos no mercado, as vendas não decolaram, então, em 1983, a Roland interrompeu a produção. Em seguida, a empresa japonesa lançou o TR-909, uma versão aprimorada que buscava conquistar os músicos combinando um sintetizador analógico com um sampler – termo utilizado para recortar partes de músicas e ressiginificá-las. Um ano e 10.000 unidades depois, esta máquina teve o mesmo destino de sua antecessora.

A cena House começava a emergir em Chicago, misturando versões acappella de músicas Disco e Italo Disco – um subgênero que já incorporava sons eletrônicos. A poucas horas de distância de Chicago, nossos queridos Belleville Three – Derrick May, Juan Atkins e Kevin Saunderson – também trabalharam arduamente escrevendo as primeiras linhas da história em outro novo gênero: Techno, que era mais focado nos sons espaciais, futuristas e industriais.

O que todos esses gêneros tinham em comum era que eram baseados nos sons inovadores de sintetizadores e baterias eletrônicas. Inicialmente, o TR-808 foi usado principalmente em electro e hip-hop, enquanto House e Techno preferiram os sons do TR-909, porque seus pratos – hats – eram sampleados e, portanto, mais realistas e naturais. No entanto, não demorou muito para que o TR-808 também encontrasse um lugar para si na música que vinha de Chicago e Detroit, ao lado de seu irmão mais novo, o TR-909. Em poucos anos, as duas máquinas passaram de um fracasso comercial a um instrumento lendário, e seus preços dispararam no mercado de instrumentos usados.

De ser resgatado do lixo a se tornar parte integrante de nossa herança cultural, a história da bateria eletrônica mais conhecida do mundo traz todas as marcas de uma lenda. Embora não intencionalmente, o TR-808 estava simplesmente à frente de seu tempo.

Clubs

Quando se trata de cultura clubber, é impossível não falar de Tresor, Der Bunker e E-Werk, clubs que desempenharam um papel insubstituível no estabelecimento da música Techno e de toda sua cultura em Berlim. Tresor começou como Ufo Club, uma festa que se manteve na ilegalidade por mais de três anos. O local onde hoje ainda está ativo, reabriu em 2007 em Mitte. O Der Bunker agora está fechado, e o E-Werk é usado como um espaço para eventos gerais atualmente.

Hoje em dia, Berlim é a cidade que abriga alguns dos clubs mais famosos do mundo. Não existe um fã de música eletrônica underground que nunca tenha ouvido falar do Berghain, club que se tornou mais famoso que seu antecessor, Ostgut. Cada clube tem sua própria vibração, seu próprio público e label – gravadora, ou selo – que distribui músicas de suas respectivas estéticas sonoras. Por exemplo, os frequentadores de Berghain preferem um techno industrial mais sombrio e cru; já os frequentadores da Tresor buscam sonoridades que remetem ao Techno de Detroit. Os clubs de Techno em Berlim não fecham. O que acontece nas horas da manhã é chamado de ‘afterhours’, sem horário definido para acabar.

Segundo o lendário DJ Hell:

A música techno em Berlim era política e totalmente contra o sistema. A maioria dos lugares ou clubs não tinha licença ou qualquer contrato, então era tudo ilegal – qualquer um podia fazer isso com um sistema de som e alguns DJs. A aliança de produtores de techno americanos e DJs originou a Tresor – eles contrataram DJs de Detroit, Chicago ou NYC. A música era nova e revolucionária. A resistência underground (encabeçada por Jeff Mills, Mad Mike, Robert Hood) teve um grande impacto em todos em Berlim. A conexão Berlim-Detroit foi muito forte e influenciou todos os envolvidos“. – e continua – “O Oriente e o Ocidente estavam criando um novo paraíso musical e político da música eletrônica e da vida noturna que hoje domina o mundo do techno. O techno estava explodindo em Berlim e a unificação ganhou força por toda parte. Os orientais tornaram-se DJs, seguranças ou negociantes e trouxeram uma onda de poder imparável – a festa não acabou desde 1989 ”.

Techno na atualidade

Incomparavelmente revolucionário, o Techno não foi um movimento efêmero, passageiro, muito menos raso. Desde a década de 1980 até a atualidade segue sendo não só um gênero musical, mas um estilo de vida, uma forma de ver o mundo, um grito de liberdade e identidade. Atravessando as décadas e pautado na inovação, o Techno produzido atualmente muito se difere daquele idealizado pelo Belleville Three – embora seja fortemente referenciado pela estética oitentista. – Diversas ramificações do gênero foram desenvolvidas, o Acid Techno, Raw Techno, Peak Time Techno, Industrial Techno, Minimal Techno… as variedades são incontáveis, cada uma delas com diferentes características, frutos tanto do local de onde vieram quanto dos movimentos culturais vigentes em cada momento.

Viajando entre estéticas mais introspectivas, lentas, sombrias, passando por características mais experimentais, abstratas e com sons incomuns, até sonoridades mais abertas, energéticas, com BPMs – batidas por minuto (que ditam o ritmo e a velocidade de uma música) – mais elevados e expansivos, o Techno não cessa em se reciclar, se transformar e beber em fontes de inspiração diferentes; e aí está sua beleza. A capacidade do Techno em se reinventar foi o que permitiu esse gênero musical atravessar gerações trazendo sempre consigo um senso de inovação e contemporaneidade.

O desenvolvimento da tecnologia e softwares de produção musical foram essenciais para a disseminação não só do Techno, mas também dos outros gêneros de música eletrônica, o que permitiu que cada vez mais e mais pessoas pudessem criar suas próprias obras e sonoridades, algumas mais conceituais, outras mais comerciais. O Techno deixou de ser restrito ao mundo underground e foi ganhando terreno em espaços de maior visibilidade, com palcos próprios voltados para o gênero nos maiores festivais mainstream do mundo, como o Ultra Music Festival e o Tomorrowland por exemplo.

Além de palcos voltados para o gênero, muitos festivais foram criados, e os principais deles você pode conferir neste post onde listamos Festivais de Techno pela Europa | Confira a lista com os melhores.

Techno no Brasil

Aqui no Brasil, no início dos anos 90, todo tipo de música eletrônica era chamada de Techno. Introduzido pela primeira vez pelo grande – infelizmente já falecido – DJ Marquinhos MS e o importantíssimo DJ Mau Mau, o Techno teve sua primeira noite exclusiva na boate Malícia em São Paulo. O club LGBT tinha um caráter mais underground, o que permitia que os DJs experimentassem novos sons, se esquivando de tocar os hits e músicas mais familiares para os clubbers.

No Rio de Janeiro, o DJ José Roberto Mahr introduzia o Techno na rádio em seu programa “Novas Tendências“, o que foi essencial para que o gênero se espalhasse ainda mais em terras tupiniquins.

Um club fundamental para a permanência e desenvolvimento do Techno no Brasil foi o Sra. Krawitz em São Paulo. A sonoridade de Detroit começava a criar verdadeiros fãs, em virtude principalmente do DJ Renato Lopes, que frequentemente tocava as batidas hipnóticas que conhecemos e tanto amamos. No mesmo ano de abertura do club, em 1992, foi criada a primeira rave do Brasil – ou quase uma rave -. Organizada pelo DJ Marquinhos MS e patrocinada pela marca de jeans Generation, a Generation Rave foi uma festa inspirada nas raves britânicas, mas adaptada ao que era possível aqui no Brasil na época.

Inspirado por uma grande noite no Club Frontier em Londres, DJ Mau Mau resolveu focar, estudar e entender mais sobre Techno, o que influenciou diretamente na criação do Hell’s Club e seu enfoque num único gênero. A partir dali o nome Techno foi se tornando cada vez mais comum, já que foi a primeira festa fixa focada em Techno no Brasil. Além do estilo musical explorado no club ser uma novidade, seu horário de funcionamento era dos mais incomuns: as portas abriam às 4:30 da manhã, indo até as 11:00. O club também foi pioneiro trazendo apresentações de DJs internacionais, como o gigante francês Laurent Garnier e o importantíssimo Stuart MacMillan – metade do duo britânico Slam – para refinarem ainda mais o gosto do público brasileiro.

Os residentes do Hell’s Club que marcaram a história foram Julião, Alfred, Mau Mau e Andrea Gram, entre muitos outros que ao longo dos anos foram apurando nossos ouvidos para o melhor do Techno: desde o tribal techno, passando por minimal, tech-house, hardtechno, entre muitos outros subgêneros e variações que o grande guarda-chuva do Techno engloba.

Atualmente o Techno se firmou como uma das maiores forças do underground no Brasil, tendo espaço garantido em grandes festas e festivais. O movimento reforça a liberdade cultural e de expressão, sobretudo para o público LGBTQIA+, que encontra no Techno um lugar de inclusão, diversidade e resistência em todo o país.

Grandes festivais internacionais focados no gênero já tiveram o Brasil como uma de suas casas, como o Time Warp, DGTL e Dekmantel. Outros festivais que apesar de não serem focados em Techno também garantem a presença do gênero com palcos exclusivamente voltados a ele, como por exemplo o Kaballah, Tribe e XXXPerience, além de clubs especializados na sonoridade underground como a D.Edge (São Paulo – SP), Club Vibe (Curitiba – PR) e Ame Club (Valinhos – SP). Outros eventos proporcionados por coletivos brasileiros como Carlos Capslock, Tantsa, Gop Tun, Vampire Haus, Mamba Negra, 4X4, Momentum, Hórus Techno também cultivam um papel fundamental na disseminação do estilo, além de serem ambientes para que o movimento LBGTQIA+ se fortaleça e construa mais fortemente seu espaço e liberdade.

DJs e Produtores

Techno é um movimento coletivo, que tem influência do mundo inteiro, por diferentes épocas, locais, tendências culturais e políticas. É impossível citar todos os artistas que tiveram papel fundamental para o desenvolvimento do gênero até se tornar o que é hoje, mas aqui seguem alguns nomes relevantes que marcaram – e ainda marcam – o Techno como um dos movimento culturais mais importantes da História da Música.

  • Carl Cox

Na década de 1980, Cox era DJ de House e se tornou um dos principais DJs da cena eletrônica. Ele tem se apresentado em inúmeros clubes e eventos pelo mundo e atuou como DJ mensal do Essential Mix na BBC Radio 1. Carl Cox é fundador da gravadora Intec Digital, fundada em 1999 como Intec Records. Cox se apresenta no palco de muitos festivais com seu ‘Carl Cox & Friends’, tais como Ultra Music Festival, BPM Festival e Awakenings.

Carl continua a ser um dos DJs mais requisitados do mundo, com inúmeras datas em clubes e apresentações em festivais todos os anos. Após 12 anos entregando seu palco Carl Cox & Friends no Ultra, o DJ agora se orgulha de ser o embaixador das festas da Resistance do UMF em todo o mundo. Ele também agora tem sua própria festa conceitual Pure – começou com Richie McNeill e Eric Powell, e que completa cinco anos este ano. Construído com a ideia de levar as coisas de volta ao básico, Carl colocou a música em primeiro lugar para algumas festas de techno que crescem a cada ano. Ele levou o Pure para Ibiza e ao Reino Unido, com outros eventos da marca planejados para Nova York, Montreal e Praga.

  • Adam Beyer

Um dos mais importantes artistas techno, Adam Beyer permanece um DJ requisitado e um produtor incansavelmente frutífero desde meados dos anos 90. Principalmente associado a um estilo de techno percussivo e intenso, criado inteiramente com DJs e clubs em mente, ele é o fundador do selo Drumcode. Ele lançou alguns álbuns completos, incluindo Decoded de 1996 e Ignition Key surpreendentemente eclético de 2002 pela sua gravadora mais atmosférica, a Truesoul, mas sua produção gravada consiste principalmente de inúmeros singles e EPs. Elogiado por suas habilidades de mixagem impecáveis ​​e inovadoras (geralmente envolvendo três toca-discos e transições rápidas), ele lançou vários álbuns de mixagem aclamados, incluindo Stockholm Mix Sessions de 2002, vol. 3 e Fabric 22 de 2005, e é presença constante nos principais clubes e festivais em todo o mundo.

  • Derrick May

Já falamos bastante sobre Derrick May aqui. Também conhecido como Mayday e Rhythim Is Rhythim, é um dos Belleville Three, Estados Unidos. A reputação de Derrick May como criador permaneceu intacta, apesar de mais de uma década de inatividade de produções. Seu hit indiscutível e reconhecido nos primeiros segundos por todos os amantes de música eletrônica é o clássico “Strings Of Life“.

  • Kevin Saunderson

Ao lado de Derrick May e Juan Atkins, Saunderson teve papel fundamental na criação do Techno. Ao longo dos anos foi responsável por disseminar a cultura para o mundo. Seu apelido de ‘The Elevator’ é muito adequado: tanto por seu papel em transportar o novo som de Detroit para um público mais amplo; como qualquer pessoa que o viu tocar ao vivo pode atestar, seus DJ sets são inteiramente feitos de alta energia, espírito e impacto. Kevin passou os últimos 35 anos de sua vida desenvolvendo a cultura que ajudou a criar.

  • Juan Atkins

O DJ e produtor americano de Techno e um dos DJs de Belleville Three é reconhecido amplamente como o pioneiro original do Techno. Atkins é um artista extremamente influente com vários singles e álbuns inovadores em seu nome. “The Originator” também dirige o selo Metroplex.

Enquanto alguns de seus colegas tinham desacelerado ou totalmente parado de produzir no início da década de 2000, Juan Atkins continuou a produzir um grande número de lançamentos sob um número igualmente grande de pseudônimos de produção. Em 2005, Atkins lançou um álbum retrospectivo pelo selo alemão Techno Tresor ‘20 Years Metroplex: 1985 – 2005’. Atkins continua a lançar com certa regularidade, sob uma série de seus pseudônimos já estabelecidos como Infiniti e Model 500.

  • Richie Hawtin

Richie Hawtin é verdadeiramente original. Sua aclamação da crítica abrange desde o reino criativo da comunidade das belas-artes até a vanguarda tecnológica. Enquanto isso, como artista performático, ele está constantemente empurrando fronteiras conceituais, movendo as coisas para frente, dando boas-vindas a tantos quanto pode para ideias e experiências que teriam parecido pura ficção científica quando ele começou sua carreira.

Hawtin nasceu na Inglaterra e cresceu no Canadá. Ele é a mente dos negócios por trás da Plus8 e da MINUS Records. O artista também usa o pseudônimo Plastikman. Expoente do underground de eletrônica de vanguarda ao longo de seis álbuns, ele voltou espetacularmente ao circuito ao vivo em 2010 com sua encarnação Plastikman 1.5.

  • Ellen Alien

Ellen Allien teve papel fundamental na cena Techno em Berlim. Como resultado de seu apelo único, ela tem residências no mundialmente conhecido Circoloco em DC10 (Ibiza) e Nitsa (Barcelona) com reservas regulares em todo o planeta em alguns dos clubes mais prestigiados do mundo. Ellen também dirige suas próprias raves bimestrais “We Are Not Alone” em sua amada cidade natal, Berlim, também realizando shows em lojas de discos, a Vinylism. Ela canalizou sua energia vibrante e experiência para o grande palco em alguns dos festivais mais famosos do mundo, incluindo Awakenings (Holanda), Coachella (Estados Unidos), Loveland (Holanda), Melt! (Alemanha), Movement (Estados Unidos), NAME (França) entre muitos outros.

Em seu papel como criadora e chefe da gravadora BPitch Berlin e do novo selo UFO Inc., Ellen canaliza sua paixão incessante por se aprofundar em A&R, buscar e nutrir novos talentos enquanto também contrata músicas de amigos e artistas consagrados. Paralelamente ao seu trabalho como chefe de gravadora e produtora, ela também trabalhou em remixes para gravadoras seminais como Warp, Mute e Desolat nos últimos anos. A liderança de Ellen na BPitch, sua gravadora amada e influente, levou a gravadora a sua posição como uma das plataformas mais importantes para a música eletrônica underground.

  • Nina Kraviz

Produtora, vocalista ocasional e DJ, Nina Kraviz é natural de Irkutsk, na Sibéria (Rússia). Kraviz se apaixonou pela House Music em meados dos anos 90 por meio do rádio. Em 2009, ela lançou produções pela REKIDS de Matt Edwards (Radio Slave). No ano seguinte, lançou outro punhado de singles, incluindo uma bomba com Sascha Funke, ‘Moses‘ que apareceu em BPitch Control de Ellen Allien. O single Ghetto Kraviz de 2011 e deu início ao lançamento de seu primeiro álbum autointitulado para REKIDS. “Ghetto Kraviz” provou ser uma faixa club duradoura e foi remixada várias vezes ao longo da década. Kraviz fundou a gravadora Trip em 2014. Sua parcela da série DJ-Kicks! K7 foi lançada no início de 2015.

  • Robert Hood

Robert Hood produz um techno minimalista de Detroit com ênfase no soul e na experimentação em detrimento do flash e da popularidade. Tendo gravado para o Metroplex, bem como para o selo Austrian Cheap e o selo Jeff Mills ‘Axis. Hood fundou a Hardwax em 1991, seu primeiro selo, e também é fundador do selo M-Plant (incluindo os dois sub-rótulos Drama e Duet), através do qual ele lançou a maior parte de seu material solo. Hood foi membro fundador, junto com Jeff Mills e Mike Banks, do selo Underground Resistance, cujos lançamentos influentes no início e meados dos anos 90 ajudaram a mudar a cara do Techno moderno de Detroit e desencadearam um renascimento criativo.

  • Jeff Mills

Conhecido por seus DJ sets intensos e industriais (muitas vezes utilizando três ou quatro toca-discos ou decks de CD, uma Drum Machine e sintetizadores), Jeff Mills é uma das figuras mais significativas em uma longa linha de talentos criados em Detroit que teve reputação internacional. Membro fundador da famosa instituição Motor City Underground Resistance, Mills ajudou a construir a lista de artistas e a ideologia da gravadora (bem como muito de seu catálogo anterior) com os parceiros “Mad” Mike Banks e Robert “Noise” Hood durante o final dos anos 80 e início dos anos 90.

  • Dave Clarke

Ele pode ser conhecido como The Baron Of Techno – O Barão do Techno – um apelido dado a ele pelo renomado DJ / jornalista da BBC Radio John Peel. Dave Clarke tem uma veia anarquista e punk em sua alma, não tendo nenhum vínculo com figuras estabelecidas. O lançamento de estreia de Clarke foi em 1990 na XL, na época em que a gravadora estava lançando The Prodigy. Ele usou o pseudônimo Hardcore, um disfarce que ele então levou para a lendária marca de techno-rave belga R&S, onde lançou vários EPs sob o pseudônimo Directional Force. Em 1992, a própria gravadora de Clarke, Magnetic North, estava em ascensão e ele lançou o clássico ‘Alkaline 3dh’ (sob o pseudônimo Fly By Wire. Um impulso de carreira veio quando sua trilogia ‘Red‘ foi lançada na Bush Records em 1994. Isso alavancou Clarke para uma patamar diferente e de repente ele se viu remixando nomes como Inner City de Kevin Saunderson, The Chemical Brothers, New Order , Depeche Mode, Moby, Leftfield e Underworld. Marcos indiscutíveis no techno, DJ Mag incorporou ‘Red’ em sua lista All Time Techno Top 100.

  • Slam

Slam são um símbolo de força no circuito global do Techno. Suas performances exclusivas de DJs de 6 decks levaram a dupla britânica a tocar nos principais clubs e festivais em todo o mundo. Eles são conhecidos por sua experiência e seu som poderoso e contemporâneo. Eles são co-proprietários do Riverside Festival de Glasgow e também hospedam as lendárias festas ‘Maximum Pressure‘, que exibem os melhores talentos locais emergentes ao lado de alguns dos nomes mais consagrados do Techno internacional. Seu icônico selo Soma Records ostenta mais de 600 lançamentos, hospedando as próprias produções de Stuart Mcmillan e Orde Meikle e muitos dos mais modernos artistas techno da atualidade, se consolidando como uma das mais influentes e importantes labels do gênero.

  • Paul Kalkbrenner

Com apenas 12 anos de idade quando o muro de Berlim caiu em 1989, Kalkbrenner viu Berlim Oriental se tornar um playground anárquico para uma geração oprimida, recentemente libertada de um Estado autoritário. O Techno tornou-se uma forma de expressão e para muitos, incluindo Paul, a trilha sonora da reunificação da Alemanha. No outono de 1992, junto com seu amigo Sascha Funke, ele começou a tocar em clubs juvenis locais. Rapidamente, Paul e Sascha estavam tocando ou colecionando discos obsessivamente enquanto a primeira onda da música eletrônica se espalhava pelas pistas de dança dos clubs lendários de Berlim: Tresor, Planet, Walfisch e e-werk.

Suas primeiras faixas foram lançadas no recém-fundado selo Bpitch Control de Ellen Allien em 1999. Em contraste com os sons mais sombrios e repetitivos que caracterizavam o Techno na época, a música de Paul era mais melódica e enriquecida com uma sensação dubby quente. Depois de uma série de singles de 12″, Paul percebeu que era melhor produzir álbuns – em 2000 ele lançou “Superimpose”, seguido por “Zeit” um ano depois. Seu terceiro álbum, “Self”, de 2004 extrapolou a pista de dança e levou a qualidade cinematográfica de sua música a novas alturas – uma indicação do que estava por vir. Em 2004, Hannes Stoehr, um cineasta que vive em Berlim, fã confesso de Kalkbrenner, entrou em contato com o produtor. Ele planejava fazer um filme sobre um músico eletrônico da cena Techno de Berlim por volta de 2000 e queria que Paul produzisse a trilha sonora do filme. Conforme o roteiro do filme se desenvolvia, Hannes sugeriu que Paul poderia ser perfeito no papel principal. Paul produziu algumas de suas composições mais diversas e maduras, que mais tarde formariam a trilha sonora de Berlin Calling, ele começou a filmar em seu retorno a Berlim. O resultado é um desempenho não convencional, mas excelente. Em algum lugar entre Paul Kalkbrenner e seu personagem “Ickarus”, um diálogo íntimo se desenvolveu entre o ator e o público.

  • Sven Väth

Existem algumas pessoas que estão destinadas a emergir e mudar as coisas, cenários inteiros. Sven Väth é um visionário que assume riscos, um instigador, um inovador e muito possivelmente invencível. Em 1982, Sven Väth foi convidado para uma residência no clube Dorian Gray em Frankfurt. Foi lá que conheceu Michael Münzing e Luca Anzilloti e entrou na produção musical. Em 1986, Sven Väth lançou sua faixa, “Electrica Salsa” sob o pseudônimo OFF no álbum intitulado Organization For Fun. A faixa se tornou um sucesso tão grande em toda a Europa que Sven se tornou uma sensação pop se apresentando com estrelas como Vanessa Paradis e Axel Bauer, aos 22 anos, vendendo um milhão de cópias.

Sven Väth assinou um contrato de três álbuns com a gravadora Virgin Records em 1998. Ele lançou Fusion (1998), Contact (2000) e Fire (2002). Com o álbum Vision, Väth fez uma turnê mundial com seu som Techno, Electro e Trip Hop. O álbum também foi remixado por vários artistas e lançado em uma edição especial de vinil de seis discos. A Virgin também lançou uma compilação em 2000 de alguns dos melhores trabalhos de Väth na Eye Q Records.

Depois de assistir a La Fura dels Baus em 1994 em Berlim, Sven criou um sua própria festa, que posteriormente também seria uma label: Cocoon. O show contava com casulos pendurados cheios de água, representando metamorfose e mudança. Ele viajou com o conceito por toda a Alemanha e até mesmo pela América do Norte. Embora as partes o prejudicassem financeiramente e não fossem inteiramente bem-sucedidas, Väth decidiu reabrir o projeto em 1999, desta vez começando com uma agência de bookings. Depois que a agência foi criada, o resto veio – eventos e então a gravadora.

  • Dubfire

Nascido no Irã e criado nos Estados Unidos desde os sete anos de idade, Dubfire desenvolveu suas habilidades tocando em clubs locais em Washington, DC. Ele foi apresentado a Sharam Tayebi através de um amigo de infância e eles formaram “Deep Dish“, uma duo que conquistou o mundo da música eletrônica, ganhando um Grammy (e indicações anteriores), além de uma vasta gama de outros prêmios e elogios. No auge de seu sucesso, os dois homens optaram por dar um passo atrás e seguir carreiras solo, com o pseudônimo de Dubfire permitindo-lhe expressar seu profundo amor pelo House e Techno underground. Dubfire rapidamente se integrou à cena techno minimalista e produziu vários lançamentos importantes que o cimentaram como um verdadeiro visionário e uma força a ser reconhecida na música underground. De ‘Ribcage’, ‘Emissions’ e ‘Roadkill‘, ao seu trabalho com Oliver Huntemann e seu remix de ‘Spastik’ de Plastikman, as criações de Dubfire mostram perfeitamente sua destreza musical e profundidade de aural conhecimento.

Do sucesso global no domínio comercial a realizações iguais na cena underground, Dubfire é um artista cuja motivação, talento e intuição o colocaram entre os melhores artistas de música eletrônica do mundo. Ele mantém esta posição dentro da indústria com uma ética de trabalho implacável e uma determinação focada em inovar, evoluir e entreter. Quer seja seu envolvimento com Deep Dish, suas apresentações solo em uma extensa lista dos clubes e festivais mais influentes do mundo, executando seu selo SCI + TEC, ou simplesmente sua exploração de tecnologia de áudio e visual, Dubfire está em uma classe própria.

  • Ricardo Villalobos

Villalobos nasceu na capital do Chile, Santiago, no ano de 1970. No entanto, aos três anos mudou-se para a Alemanha com a família depois que o general Augusto Pinochet derrubou o governo socialista de Salvador Allende em 1973. Quando Ricardo tinha cerca de 10 ou 11 anos começou a tocar conga e bongô. Embora amasse música, ele nunca poderia se ver como músico. No final dos anos 80 ele começou a fazer música eletrônica. Desde muito jovem ele é um grande fã do Depeche Mode, até mesmo seguindo suas turnês pela Europa para ouvi-los.

Conhecido por seu trabalho nos gêneros minimal techno e microhouse, Villalobos tira grande parte de sua inspiração do Depeche Mode, bem como de outros artistas como Daniel Miller, Thomas Melchior, Baby Ford, Daniel Bell e Andrew Weatherall. Ele também se inspirou na música rítmica sul-americana.

Villalobos começou a tocar sua música em festas enquanto estudava na universidade, mas isso era apenas para seu próprio prazer. Ele começou uma gravadora, Placid Flavor, em 1993, mas não teve sucesso. Seu primeiro disco foi lançado pelo selo alemão Playhouse em 1994 e ele começou a discotecar como profissional em 1998, sendo atualmente considerado um dos mais importantes DJs minimalistas da Europa, ao lado de outros talentosos djs e produtores chilenos como Luciano Nicolet (um colaborador ocasional) e Dandy Jack.

  • Ben Klock

Quem já presenciou uma de suas apresentações, experienciou não só sua maestria em escolher músicas, mas também sua habilidade de criar um ambiente ao invés de apenas tocar nele. Embora intensa e poderosa, sua produção de DJ reflete um certo tipo de fervor, capturando uma arte e emoção que muitas vezes podem parecer ausentes do gênero Techno. Ele também possui uma compreensão maravilhosa de como adaptar sua música às circunstâncias, uma competência que significa que ele pode ser encontrado tanto em festivais de grande escala como em pequenos clubes íntimos ao redor do mundo. Muito do início de sua carreira foi marcado por sets super longos – uma assinatura que desempenhou um papel considerável em nutrir suas habilidades e reputação – mas mesmo os sets mais compactos que ele compartilha hoje, evidenciam uma narrativa intrincada e senso de fluxo que o define como um DJ. Foram essas habilidades inerentes que o levaram a compilar a compilação Fabric 66 em 2012, antes de ganhar o prêmio Essential Mix of the Year da BBC Radio 1 em 2015.

Tendo se tornado um residente de Berghain em 2005, Ben Klock se estabeleceu na vanguarda do movimento Techno moderno de Berlim. Além disso, Klock também dirige a Klockworks, um selo que fundou em 2006 como um lar para suas produções mais cruas e minimal. O foco, no entanto, mudou nos últimos anos, com a marca se tornando um meio para ele apresentar seus gostos pessoais mais diversos e apoiar o desenvolvimento de talentos. Trevino, DVS1 e Etapp Kyle foram lançados no selo durante os estágios iniciais de suas carreiras. O crescimento da marca foi auxiliado por uma série de showcases em vários locais internacionais, incluindo Village Underground de Londres, São Paulo, Nova York, Barcelona, ​​Detroit e Berlim.

  • Luke Slater

Luken Slater começou sua carreira na música no final dos anos 80 na loja de discos Mi Price em Croydon, ao sul de Londres. Ele logo abriu sua própria loja – Jelly Jam Records – em Brighton, e a partir daí começou a lançar faixas originais com uma série de pseudônimos diferentes. Sua estreia veio em 1989 na forma de “Momentary Vision“, lançado na whitelabel Translucent. Embora silencioso por dois anos após o sucesso de “Momentary Vision”, uma enxurrada de material de Slater começou a aparecer em 1991, incluindo 12 “e longas para seu próprio selo Jelly Jam, bem como o selo holandês Djax-Up-Beats, Irdial, e especialmente Peacefrog, incluindo quase uma dúzia de singles sob seu próprio nome (a trilogia X-Tront) e como Planetary Assault Systems (a série Planetary Funk). Alguns dos lançamentos mais conhecidos de Slater até agora apareceram no renomado selo GPR (com Alan Sage e sob os pseudônimos Morganistic e Luke Slater’s 7th Plain) e tendem a combinar uma abordagem ambiental ou experimental / textural com uma estrutura rítmica mais minimal.

Luke Slater é geralmente creditado por ajudar a criar uma tradição do Techno do Reino Unido com uma influência forte de Detroit.

DJS e Produtores do Brasil

A cena Techno no Brasil tem crescido constantemente, e vem ganhando uma força e reconhecimento que nunca teve antes. Essa evolução se dá em grande parte pelas festas e coletivos, mas também muitos dos responsáveis por esse crescimento são os DJs e produtores.

Aqui listamos alguns dos maiores fenômenos do Brasil, responsáveis pela disseminação da linguagem brasileira do Techno por todo o país e pela cena internacional. Além dos listados abaixo, também podemos citar nomes como Anderson Noise, Aninha, BLANCAh, Binaryh, DJ Mau Mau, Murphy, K.A.L.I.L, Leo Janeiro, Renato Cohen, Renato Ratier e muitos outros que fazem parte da história do gênero e da música eletrônica nacional.

  • ANNA

Seu sucesso atual leva duas décadas em construção, remontando à boate que seu pai possuía no interior de São Paulo, onde aprimorou seu trabalho como DJ desde os 14 anos. Sua trajetória desde então tem sido marcada por paixão, muito trabalho e dedicação implacável ao seu ofício. Uma seletora de tracks habilidosa e talentosa, suas performances são enérgicas, envolventes e cativantes. Os shows no lendário Warung, D-Edge e Time Warp Brazil são material para lendas, enquanto globalmente ela está em uma demanda cada vez maior tocando em todos os lugares, como Movement Detroit, Awakenings, Tomorrowland, DC10 e Block em Tel Aviv. Para ter uma ideia de seus talentos, você só precisa assistir ao seu DJ set de vinil para Cercle em fevereiro passado, que já atingiu bem mais de dois milhões de visualizações. Sem nenhuma surpresa, a Mixmag a aclamou como uma das melhores DJs de 2018 em seu encerramento anual.

  • Victor Ruiz

Com um histórico de Rock ‘n’ Roll, não é nenhum mistério que Victor tem um som único. Há alguns anos é conhecido pela alta qualidade de suas produções, o que o tornou um artista consagrado na cena Techno. Suas edições de tracks clássicas são muito populares e fazem parte das apresentações marcantes de Victor. Ele afirma que esta é a forma de homenagear suas influências. Além de remixar oficialmente grandes nomes da cena eletrônica como MOBY, Stephan Bodzin e Dubfire, Victor tem sido um dos artistas Techno mais vendidos da atualidade, com lançamentos estrondosos pelas maiores labels do gênero, como Drumcode, Noir Music, Suara, Elevate e Electric Ballroom. Ao longo dos anos, o produtor baseado em Berlin tem feito turnês por todo o mundo, de grandes festivais a clubes intimistas.

  • Gui Boratto

De 1994 a 2004 realizou diversos trabalhos para inúmeras gravadoras nacionais e internacionais, como EMI, Virgin, Irma, BMG, Edel, Vidisco, ZYX, entre outras. Foram 10 anos de trabalho e competente para artistas consagrados como Pato Banton, Garth Brooks, Steel Pulse, Desiree, Mano Chao, Gal Costa, Chico Buarque, Fernanda Porto, Kaleidoscópio, Leila Pinheiro, entre muitos outros.

A partir de 2005 passou a se dedicar às suas próprias produções e composições, exibindo ao público um lado autoral e mais personalizado de suas habilidades. Com inúmeros lançamentos em grandes labels europeias, como Plastic City, Circle, Kompakt, Audiomatique, entre outras, Gui Boratto conseguiu figurar nas paradas e tracklists de artistas como Michael Mayer, Tiefschwarz, Steve Bug, Phonique, Martin Landsky, Hernan Cattaneo, entre outros.

  • Boghosian

Viciado em música eletrônica desde a adolescência, Boghosian iniciou sua carreira musical em 1999, quando venceu uma competição de DJs. Desde então, sua jornada na música tem estado em constante evolução.

Com gosto musical refinado – combinado com habilidades de mixagem precisas e consciência da pista de dança – Boghosian ganhou credenciais no início de sua carreira para se apresentar em festas de lançamento de destaque para marcas internacionais no Brasil. Conforme sua carreira foi evoluindo, ele se tornou conhecido por sua qualidade em house music e por seu estilo cada vez mais distinto, exibindo influências do Deep House, sons minimalistas, Tech House e Techno. Ao mesmo tempo, ele continuou a ganhar imenso respeito da cena underground brasileira, ganhando convites para tocar na maioria – senão em todos – os principais clubs, entre eles: D-edge e Clash em São Paulo, Sirena em Maresias, Garagem em Campo Grande, e Warung em Itajaí, club Boghosian tem residência.

Como residente do Warung, Boghosian é frequentemente escolhido para abrir shows para os melhores DJs internacionais e tem recebido forte apoio de grandes nomes como Dubfire, Nic Fanciulli, Nick Curly, Jimpster, FunkdVoid e Paul Woolford. Muitos desses nomes solicitaram que Boghosian fosse em tour ao lado deles.

Enquanto produzia ao lado de Andre Torquato, Paulo Boghosian assinou contrato com a Cecille Records. Sua track Balaka, foi lançada no Cecille Numbers em setembro de 2010. Juntos, Boghosian e Torquato produziram remixes para o romeno Horatio e a dupla italiana Luca Marano e Larsen. Eles também assinaram faixas para compilações proeminentes, como “Be @ Space Ibiza” e “Defected in the House – Tokyo 2011”

  • Eli Iwasa

Um caminho que atravessa muitas atividades, como produtora, promotora, dona de clube, booker e muito mais, ao longo de algumas décadas e muitos dos acontecimentos e acontecimentos que compõem o belo mosaico da história da música eletrônica no Brasil. Mas é nas pistas de dança que sua capacidade de nos envolver em cada momento se torna mais tangível.

Eli já marcou presença nos maiores festivais como Time Warp, DGTL, Rock In Rio, ADE, Tribaltech, Warung Day Festival, ou festas indie de grande importância como Gop Tun, Troop, 101Ø e Photon; mas também permite que ela realize façanhas diferentes em ocasiões semelhantes, que vão desde sua residência em seu amado Caos, passar por noites intermináveis ​​no Club Vibe e por todo o caminho até alguns locais de dança lendários que o país tem a oferecer, entre eles Warung , Beehive e Terraza. No entanto, o elemento que conecta todas essas circunstâncias, tornando-o único e especial, é a energia gerada entre o artista e o público.

  • Wehbba

Wehbba é um dos principais embaixadores da música eletrônica do Brasil no mundo. Nascido em São Paulo, e atualmente radicado em Barcelona, ​​Espanha, o ex-dentista tem produzido e tocado techno ao redor do mundo por mais de uma década.

Wehbba tem sido um produtor extremamente frutífero e desenvolveu um estilo muito distinto, marcado por produções bombásticas. Suas conquistas como produtor podem ser medidas pelo número de respeitados artistas com quem trabalhou diretamente ao longo dos anos, sejam remixers, remixes ou colaboradores. A lista inclui Laurent Garnier, Danny Tenaglia, John Digweed, Christian Smith, Stacey Pullen, Joseph Capriati, Stephan Bodzin, Ambivalent, Huxley, Bushwacka !, Secret Cinema, ANNA, Carlo Lio, Samuel L Session, Funk D’Void, Valentino Kanzyani , Harry Romero, 2000 And One, Robert Babicz, X-Press 2, Mihalis Safras, Coyu e Kaiserdisco, para citar apenas alguns.

O DJ e produtor lançou em 2020 seu mais recente álbum, ‘Straight Lines and Sharp Corners’, pela gigante Drumcode de Adam Beyer. O álbum conta com 13 tracks, incluindo uma colaboração com L_cio.

  • L_cio

Nascido em São Paulo em uma família profundamente religiosa, Laercio conviveu com a música durante toda a vida – em meio aos desafios da vida diária, seus pais adventistas sacavam todos os tipos de instrumentos sempre que a situação permitia, apresentando uma mente jovem e curiosa ao uma ampla gama de expressões musicais. Não deveria ser surpresa, então, que nosso herói rapidamente se sentiu em casa com notas e compassos, escolhendo a flauta como seu primeiro instrumento, ao qual se dedica desde os sete anos de idade. Mesmo mais tarde, as escolhas de carreira não musical sempre refletiram uma paixão pelo mundo dos sons, como sua passagem como professor de capoeira, combinando artes marciais, acrobacia e dança.

Com uma formação musical tão ampla, mexer com sintetizadores e outros meios de geração de som eletrônico era mais uma questão de tempo do que de ambição, e com certeza encontramos L_cio vagando pelas festas de meados dos anos 90, absorvendo uma mistura única de estilos e escalas que formaram sua identidade sonora. Em total contraste com a maioria dos outros induzidos rave na época, no entanto, ele nunca quis se tornar um DJ: sua área de especialização é a performance, não a coleta e curadoria de lançamentos de outras pessoas, e isso se mostra no fato incomum de Laercio ter realizado residências em clubes como músico eletrônico ao vivo em locais como o D. Edge, em São Paulo, sem sequer tocar em um disco.

Festivais de Techno

Ano após ano os festivais focados em Techno têm crescido e se espalhado por todo o mundo, construindo experiências e marcando a vida de todos que os frequentam. Esses eventos gigantescos são a prova de que um movimento musical underground tem tanta força e tanta importância quanto aqueles voltados para o circuito comercial, mais mainstream. Assim como os DJs, é impossível citar todos os festivais de Techno que acontecem pelo mundo, já que a cada ano novos surgem e os que já existem se fortalecem – ou são reimaginados. Selecionamos alguns dos maiores mais importantes festivais focados no gênero aqui:

  • Awakenings

Contando com oito palcos e explorando diferentes vertentes do Techno, o Awakenings Festival acontece em no verão europeu na Holanda e é com certeza um dos eventos que mais marca a vida de um fã. A infraestrutura do festival é invejável, dos bares, aos banheiros, disposição dos palcos, alimentação, atrações até traslado. Sem dúvida é uma experiência inesquecível e completa. Saiba quanto custa ir ao festival aqui.

  • Time Warp

Desde o seu início, há mais de 25 anos, o festival tornou-se um dos eventos mais importantes do gênero, presenteando a cena underground com uma empolgante e energética viagem pelas vertentes do Techno. Tendo sido sediado em diversos países como Amsterdam, Milão, Nova York, São Paulo e claro, Mannheim na Alemanha, seu país natal o festival é um ícone do gênero, reconhecido mundialmente por seus line-ups formados pelos maiores nomes da cena.

  • Kappa FuturFestival

Criado em 2009, Kappa FuturFestival acontece anualmente em Torino, Itália. O evento é um marco em solo italiano, trazendo os maiores nomes do Techno e House, desde os clássicos e veteranos até os novos talentos. O festival acontece em dois dias, geralmente no início de Julho e atrai fãs de toda a Europa e do resto do mundo.

  • Dekmantel

O festival holandês tem sua sede em Amsterdam, e é conhecido pela, infraestrutura impecável, design de produção dos palcos de tirar o fôlego e artistas dos mais variados e gêneros do underground. Com curadoria dos artistas mais criativos e influentes do House, Techno, Disco, explorando até sonoridades mais experimentais, o festival espalha suas atrações por seis palcos durante os quatro dias de festa.

  • Resistance

O selo underground do Ultra Music Festival, Resistance, está presente em diversas cidades ao redor de todo o mundo, tendo edições em Abu Dhabi, Lima, Miami, Ibiza, Hvar entre muitas outras. Line-ups com os maiores nomes da cena underground são marca registrada da Resistance. Onde quer que seja, o festival sempre surpreende o público com seu design de palco inacreditável e energia única.

  • DGTL

O DGTL, festival de origem holandesa, tem sua sede em Amsterdam, mas já marcou presença ao redor de todo o mundo, em cidades como São Paulo, Barcelona e Tel Aviv. Conhecido por sua energia única e line-ups de muito peso, o DGTL Festival é um marco na vida de todos os amantes do Techno, já que traz as maiores atrações da cena para dois dias de música anualmente.

  • Terminal V Festival

Um dos maiores festivais do Reino Unido, o Terminal V é conhecido por sua extrema energia e também por reunir os principais nomes da cena underground com line-ups inacreditáveis. O festival vai ter pela primeira vez em 2021 uma edição com dois dias, acontecendo no final de semana de Halloween, em 30 e 31 de Outubro.

  • Drumcode Festival

Em colaboração com o Awakenings Festival, a gigante label de Adam Beyer, Drumcode faz anualmente seu festival com os seus principais artistas no line-up. Em 2021, o Drumcode Festival acontecerá em Setembro na ilha de Malta, e promete trazer toda a família da label para quatro dias de muito Techno e sua energia incomparável.

Fontes para elaboração do artigo: Resident Advisor | Mixmag | Arts And Culture | Redbull | Black Music Scholar | Music Non Stop

Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

CONFIRA MAIS

Ler mais

NOTÍCIAS RELACIONADAS